terça-feira, 30 de abril de 2013

RECREACIONISTAS SE REUNEM COM PREFEITA E EQUIPE DE SUPERVISÃO


Na tarde de ontem, 29/04, no Centro Administrativo Municipal, 29 recreacionistas compareceram para reunião solicitada pela classe, com a prefeita Laíse Krusser e equipe de supervisão da Secretaria Municipal de Educação. Nem as imposições colocadas pela assessoria jurídica do município para que a prefeita recebesse as recreacionistas suprimiram o anseio das servidoras em serem ouvidas pela  chefe do Executivo.
Com muito profissionalismo e, acima de tudo, com muito respeito aos educandos e famílias que confiam no trabalho das escolas infantis e, em respeito a profissão que conquistaram com muitos anos de estudos, trabalho dos pais e dedicação, as recreacionistas falaram com propriedade sobre as fragilidades na atenção aos pequenos sobre a guarda da Emeis, pela forma como ocorreu a distribuição de pessoal e carga horária da classe.  Além de apontar a ociosidade de pessoal em dados momentos nas escolas, apontaram horários que exigem maior atenção e que, nesses momentos um número maior de profissionais precisam estar na escola para bem atender as necessidades de cada criança. "Estamos trabalhando com seres humanos e nossas ações tem sido mecânicas. Pela manhã chega a ter 4 pessoas em uma sala e na tarde, duas para toda escola" enfatizou uma das recreacionistas. 
O maior questionamento se deu em torno da possibilidade do retorno da carga horária realizada há anos na educação infantil e que dá vazão as necessidades individuais dos pequeninos. Segundo as recreacionistas , essa reivindicação tem o intuito de melhor atender crianças que ainda requerem uma atenção mais individualizada, seja na hora da higiene corporal ou bucal, no horário do almoço e no horário do soninho (quem dorme precisa do olhar zeloso do recreacionista , e as que não dormem precisam de uma atenção especial e atividades planejadas.  Outra reivindicação fortemente argumentada pelas recreacionistas se refere ao respeito às atividades que exercem e a formação que possuem. “Merecemos ser tratadas com respeito seja na Educação ou nas escolas pois sabemos que nosso trabalho é fundamental, assim como o do professor; no cotidiano escolar dividimos as atividades por consciência de que uma pessoa só não consegue dar papá, escovar e higienizar 15 ou mais crianças, e se torna até difícil observar e acompanhar de perto aquelas que já desenvolveram certa autonomia. Precisamos também de orientação e capacitação para trabalharmos com as crianças especiais”
A prefeita acolheu as reivindicações dizendo que o plano de carreira solicitado terá que esperar, solicitou uma semana para repensar a questão da carga horária. Indicou que as próprias recreacionistas encaminhem sugestões para a SMECD ou para o Sinpe. Em primeiro lugar destaca a impossibilidade de onerar mais ainda a folha da Educação. Ainda, falou do excessivo número de atestados que a levaram a tomar providências mais enérgicas.
A presidente do Sinpe analisa essa colocação como resultado de um quadro sintomático da educação infantil, os recreacionistas estão estressados com tamanha carga de trabalho, estão colaborando,  trabalhando inclusive mais do que o legalmente permitido. Alguns trabalham cinco horas e meia sem intervalo, seis horas, até oito horas sem intervalo. Primeiro é preciso analisar as causas e dentro do possível saná-las.

Reivindicações:
·    Plano de carreira para os funcionários da educação;
·    Carga horária de 6 horas, para assegurar a qualidade no atendimento aos educandos e maior segurança;
·    Valorização das recreacionistas, respeito e reconhecimento pela escolaridade (Incentivo e garantia de qualificação em programas gratuitos como a PARFOR, PROFUNCINÁRIO entre outros, suporte pedagógico para as recreacionistas trabalharem com alunos especiais, melhoramento na infraestrutura das escolas com espaço adequado para aulas de recreação, compra de materiais de recreação para as escolas, telefone para escolas, habilitado para fazer ligações nas necessidades);
·    Laudo pericial “in loco”, especialmente nas creches, devido ao contato direto e contínuo com excrementos humanos (fezes, urina, escarro, sangue, mucosas) ou doenças infecto-contagiosas de alta periculosidade, bem como nos trabalhos pedagógicos que incidem no cuidar/educar de crianças pequenas e ou especiais, que necessitem da intervenção do adulto, incluindo o  trabalho como insalubre/periculoso;
·  Participação na vacinação da Gripe entre outras, pois estamos em contato  constante com várias enfermidades;
·     Funcionamento das escolas infantis de acordo com a Lei 12.796/2013.
                                                Servidoras aguardaram o final da reunião na
                                              ante sala e escadarias do Centro Administrativo.

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