Com muito profissionalismo e,
acima de tudo, com muito respeito aos educandos e famílias que confiam no
trabalho das escolas infantis e, em respeito a profissão que conquistaram com
muitos anos de estudos, trabalho dos pais e dedicação, as recreacionistas
falaram com propriedade sobre as fragilidades na atenção aos pequenos sobre a guarda
da Emeis, pela forma como ocorreu a distribuição de pessoal e carga horária da
classe. Além de apontar a ociosidade de pessoal em dados momentos nas
escolas, apontaram horários que exigem maior atenção e que, nesses momentos um número maior de profissionais precisam estar na escola para bem
atender as necessidades de cada criança. "Estamos trabalhando com seres
humanos e nossas ações tem sido mecânicas. Pela manhã chega a ter 4 pessoas em
uma sala e na tarde, duas para toda escola" enfatizou uma das
recreacionistas.
O maior questionamento se deu
em torno da possibilidade do retorno da carga horária realizada há anos na
educação infantil e que dá vazão as necessidades individuais dos pequeninos.
Segundo as recreacionistas , essa reivindicação tem o intuito de melhor atender
crianças que ainda requerem uma atenção mais individualizada, seja na hora da
higiene corporal ou bucal, no horário do almoço e no horário do soninho (quem
dorme precisa do olhar zeloso do recreacionista , e as que não dormem precisam
de uma atenção especial e atividades planejadas. Outra
reivindicação fortemente argumentada pelas recreacionistas se refere ao respeito às
atividades que exercem e a formação que possuem. “Merecemos ser tratadas com
respeito seja na Educação ou nas escolas pois sabemos que nosso trabalho é
fundamental, assim como o do professor; no cotidiano escolar dividimos as atividades por consciência de que uma
pessoa só não consegue dar papá, escovar e higienizar 15 ou mais crianças, e
se torna até difícil observar e acompanhar de perto aquelas que já desenvolveram certa autonomia. Precisamos também de orientação e capacitação para trabalharmos com as crianças especiais”.
A prefeita acolheu as
reivindicações dizendo que o plano de carreira solicitado terá que esperar, solicitou uma
semana para repensar a questão da carga horária. Indicou que as próprias recreacionistas
encaminhem sugestões para a SMECD ou para o Sinpe. Em primeiro lugar destaca a impossibilidade
de onerar mais ainda a folha da Educação. Ainda, falou do excessivo número de
atestados que a levaram a tomar providências mais enérgicas.
A presidente do Sinpe analisa
essa colocação como resultado de um quadro sintomático da educação infantil, os
recreacionistas estão estressados com tamanha carga de trabalho, estão
colaborando, trabalhando inclusive mais
do que o legalmente permitido. Alguns trabalham cinco horas e meia sem
intervalo, seis horas, até oito horas sem intervalo. Primeiro é preciso analisar
as causas e dentro do possível saná-las.
Reivindicações:
· Plano de carreira para os funcionários da
educação;
· Carga horária de 6 horas, para assegurar a
qualidade no atendimento aos educandos e maior segurança;
· Valorização das recreacionistas, respeito e
reconhecimento pela escolaridade (Incentivo
e garantia de qualificação em programas gratuitos como a PARFOR, PROFUNCINÁRIO
entre outros, suporte pedagógico para as recreacionistas trabalharem com alunos
especiais, melhoramento na infraestrutura das escolas com espaço adequado para
aulas de recreação, compra de materiais de recreação para as escolas, telefone
para escolas, habilitado para fazer ligações nas necessidades);
· Laudo pericial “in loco”, especialmente nas
creches, devido ao contato direto e contínuo com excrementos humanos (fezes,
urina, escarro, sangue, mucosas) ou doenças infecto-contagiosas de alta
periculosidade, bem como nos trabalhos pedagógicos que incidem no cuidar/educar
de crianças pequenas e ou especiais, que necessitem da intervenção do adulto,
incluindo o trabalho como
insalubre/periculoso;
· Participação na vacinação da Gripe entre outras,
pois estamos em contato constante com
várias enfermidades;
· Funcionamento das escolas infantis de acordo com
a Lei 12.796/2013.
Servidoras aguardaram o final da reunião naante sala e escadarias do Centro Administrativo.
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